top of page
Buscar

Precisei de 40 anos, para falar abertamente sobre isto

  • Foto do escritor: essencia almente
    essencia almente
  • há 15 horas
  • 2 min de leitura

Desde muito cedo, vivi entre dois mundos.

Enquanto os outros viam o que estava diante dos olhos, eu via o que se movia por detrás.

Presenças, luzes, vozes, seres que só em sonhos seriam possíveis de explicar — faziam parte do meu quotidiano.

Mas, para o mundo à minha volta, tudo isso era “impossível”, “estranho”, “imaginação”.


Crescer assim foi viver entre o normal e o paranormal.

De um lado, uma miúda que queria apenas encaixar-se, ter uma vida comum.

Do outro, alguém que sentia — com o corpo e com a alma — realidades que ninguém parecia compreender.


Essa dualidade marcou a minha infância e guiou toda a minha busca.

Eu precisava entender o que me acontecia, dar nome ao invisível, traduzir o mistério.

E foi assim que começou a minha viagem pelo conhecimento:

primeiro pela Arquitetura, onde aprendi sobre forma, estrutura e harmonia;

depois pelo corpo e o movimento, através do exercício físico e do estudo da biomecânica;

mais tarde pelas terapias e medicinas complementares, onde percebi que o corpo fala a linguagem da energia;

até que finalmente cheguei à Psicanálise, e encontrei um mapa para o inconsciente — esse outro mundo que também é invisível, mas humano.


No entanto, algo em mim continuava a procurar uma ponte entre tudo isso.

Eu sabia que o invisível que via e o inconsciente que estudava faziam parte do mesmo campo — apenas se expressavam de modos diferentes.


Foi então que compreendi que o meu caminho não era escolher entre ciência e espiritualidade,

mas uni-las.

A Psicanálise deu-me a palavra;

a Dimensão Quântica deu-me o espaço;

a vida deu-me a experiência.


Hoje, o meu trabalho é o resultado desse longo percurso — feito de perguntas, de lutas internas e de reconciliações.

É o encontro entre a mente que quer entender e a alma que já sabe.


Porque acredito que o verdadeiro conhecimento nasce quando deixamos de negar o invisível,

e começamos a escutá-lo com a mesma atenção com que escutamos o corpo e a mente.


No fundo, este é o caminho que sempre me escolheu:

transformar o inexplicável em compreensão,

e ajudar as pessoas a lembrarem-se de que o invisível também faz parte da vida.


Acredito que a minha missão é ser ponte entre mundos,

traduzindo os segredos da alma em linguagem humana.


ree

 
 
 

Comentários


bottom of page